Ah, esse capitalismo!!! Tenho duas histórias: a minha e de uma balconista. Prefiro contar primeiro a da garota.
Durante o passeio com o meu cachorro, encontrei com a garota que trabalhou durante tanto tempo numa padaria da Zona Leste. Ela me cumprimentou e perguntei:" Não te vi mais na padaria? O que aconteceu?"
Ela disse : " Fui mandada embora!"
Em seguida perguntei: "Mas por quê?" .
Ela responde : " Redução de custos. Mas é estranha essa redução, pois ele colocou 4 funcionárias inexperientes".
Depois encerramos a conversa e segui com meu poodle até a minha casa. No caminho de volta, fiquei pensando como o capitalismo é selvagem, produz feridas e insensível. Ao ler o artigo do Marcelo Rubens Paiva, onde há dez itens para saber se o indivíduo é um hipocondríaco, imaginei o quanto as pessoas são imediatistas e desejam se prevenir e ficar menos doentes para trabalhar mais.
A minha é fichinha perto da garota. Só perdi um cliente pequeno, coisa pouca, que vale $. Mas perdi por descuído de meu funcionário. Fiquei doido, puto, mordido, queria mandá-lo embora. Logo, pensei, fui comer um bauru na padaria que mais gosto na Aclimação. Afinal, banquinho de padaria é notícia e lá também é fato jornalistico. Conversei com um senhorzinho e começamos a falar de piercing e terminamos em cultura e colonização.
A vida é assim: histórias, coisas, fatos, surpresas. Perdi, mas ganho nas histórias, nas conversas e nas oportunidades.
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