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02 junho 2010

Brasil: retrato de uma arte decadente

Indignação. Sim, esse é meu sentimento após ler alguns comentários no Facebook nesta semana. Fico preocupado como a arte é tratada no Brasil e a educação é subestimada pelos pais e alguns professores.
Vejo uma população conformada com a crise. Um gritinho aqui, outro ali e a vida continua. Ou melhor: "O show não pode parar!". Logo, há uma preocupação com a troca do carro, da roupa e do namorado.
Enquanto isso, o tocador de saxofone acompanhado de um DVD faz "arte" na igreja evangélica brasileira.
As poucas casas no Brasil onde é tocada a boa música, suprime o cachê em nome da baixa frequência do público. É muito triste ver um grande instrumentista fazer um show para 50 pessoas num espaço para 300.
Deprimente é ver dois grupos instrumentais fazer show para 60 pessoas no Memorial da América Latina.
Decepcionante é ver uma igreja evangélica cancelar um "workshop" com ótimos instrumentistas e uma excelente big-band sem motivo algum. Coisa do capeta?
Qual é o desejo do sistema? Tornar a música instrumental um "lounge", "climão", "musiquinha de elevador"? Será que o "Como zaqueu...", do famoso cantor gospel, patrocinado por uma grande indústria fonográfica reinará sobre a decadente e verdadeira arte? Ou verei a cantora gospel Ana Paula Valadão e Rebolation juntos, numa unidade do SESC?

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