Páginas

31 março 2009

Que dureza!... e...

Como é complicado assumir responsabilidades e compromissos. Sou um comunicólogo;porém,posso dizer que já sou um jornalista, apesar de estar no último ano da graduação em jornalismo e achar que esse oficio perdeu todo o seu charme e glamour de alguns anos atrás e toda a sua graça.

Ontem , ao ler o jornal o Globo, estava bem atento ao artigo " Uma notícia com hora marcada" de Joaquim Ferreira dos Santos, O globo - segundo caderno, pg. 8 de 30/3/09 me indignei ao ler que "a profissão que agora se quer transformar numa atividade como outra qualquer, parecida com as exercidas nas fábricas do ABC, sujeita ao mesmo relógio que cronometra o caixa dos bancários". E adimito que essa é a realidade vivida por nós, escritores e transmissores de mensagens diárias.

As faculdades estão abarrotadas de alunos, perdeu-se a graça em pesquisar sobre o assunto ,em estar horas e horas com a fonte para levantar e pesquisar. Hoje o público não dá valor as grandes reportagens, o que vejo na TV aberta é um emaranhado de produções e promoções via departamento de marketing de grandes empresas, onde usa um "vendedor" de pautas e viabiliza a necessidade do cliente.

Há dois idosos na minha turma de jornalismo. Ambos gostam de futebol, só escrevem sobre futebol e só querem saber de futebol. Não sabem nem apertar a tecla "enter" do computador. O que será desses dois depois de 2010 onde um jovem tem que ter a noção mínima de programas de edição de imagens e gerenciamento de texto para a internet?

Não sou contra a atividade de Assessoria de Imprensa ou qualquer outra do jornalismo. Toda a atividade é bem vinda, desde que tenha o respeito pelo tempo de pesquisa e análise.

Já briguei com RP's por eles não saberem escrever um briefing sobre o cliente que defendem. Tive uma "tentativa de sociedade" com uma RP que falava o briefing pelo telefone ou msn. Eu ficava muito puto com isso, tinha vez que contava até 10 para não mandá-la para algum lugar. Mas tinha inspiração para produzir um release com o "briefing falado".

Também já escrevi por diversas vezes nas seções "cartas ao leitor" dos jornais ou diretamente aos jornalistas que eles prestassem melhor atenção ao que escrevem, já briguei por telefone com jornalistas, com "estrelinhas" de grandes grupos de comunicação, mas continuo aqui, no meu escritório e com o meu horário de "peão-de-fábrica" para selecionar e enviar noticias para os meus clientes.

Difícil ser jornalista; aquele ,segundo Joaquim Ferreira dos Santos, em uma época onde os prazos e a ansia pelo dinheiro fala mais alto!




Um comentário:

Anônimo disse...

Belo texto! Parabéns!

Durante a leitura eu me recordei de algo que li sobre o dinheiro.
O autor é um dos meus preferidos, profundo, consiste e, portanto, desconhecido. Falo de ANSELM GRÜN.
ELE DIZ QUE a ganancia de dinheiro é a variante viciosa do desejo de "ser alguem". Quem só visa ao dinheiro e só vive para sua própria riqueza torna-se escravo e fica limitado - ainda que atrás dos muros de sua fortuna."
DUREZA mesmo Luis é o cara visar o dinheiro sendo um duro e não passar de uma foca medrioque.
Valeu meu camarada!
Na Jornada,

Levi