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19 abril 2010

“La Parranda”: festa para dançarinos profissionais e gente que nunca dançou


Jardins, mesinhas e cadeiras e uma noite de sábado bastante agradável. As horas passavam e pessoas, professores, músicos chegavam para “La Parranda", festa com objetivo de agregar salseiros e apreciadores do belo ritmo caribenho no Centro Cultural Rio Verde.

Pedro Bandera e Edilene Borges (Canela) faziam os últimos retoques para o começo do evento. Às 22h50, pessoas entravam no Salão de Dança para não perder a aula de Ricardo Garcia, que começara em instantes e os dançarinos da Cia. Conexión Caribe formavam uma grande roda com todos os participantes com o objetivo de ensinar os passos da salsa.

O círculo formado naquele momento da aula é conhecido como "Rueda de Casino" onde cada casal participante aprendia os passos e ao decorrer da música, era possível trocar os pares para dar mais beleza e transformar a aula num excelente momento de descontração.

Melodias simples, sons da percussão e dos violões dão o charme ao ritmo caribenho. Durante a aula, o DJ Gustavo Lilla tocou músicas conhecidas nas vozes dos cantores do Buena Vista Social Club e pelos seus outros compositores bastante conhecidos.

Alguns erravam, outros acertavam. Logo, o clima de descontração tomava conta da aula ministrada pelos dançarinos da Conexión Caribe. Depois, o grande círculo fechava-se no momento da simulação de troca de damas feitas pelos cavalheiros sem soltar as mãos.

Leveza e simplicidade. "Cara, sente o ritmo da música!", disse uma garota no momento da dança após a aula. Quando o grupo Compay Tumbao iniciou a sua apresentação os homens procuravam as damas para formar seus pares e iniciar a apresentação.

Durante a execução da música ao vivo, eram apresentadas músicas lentas e alternava-se com as um pouco mais rápidas. Alguns apreciadores tinham dúvidas quanto à sincronia dos passos com o andamento musical e ficavam em dúvida na hora de fazer os movimentos.

A noite passava e mais pessoas entravam no local. No salão havia uma moça de cabelos ruivos e uma blusa vermelha e estava com uma bolsa a tira-colo e um cavalheiro a convidou para dançar e imediatamente ela aceitou o convite.

Durante a dança, o cavalheiro tentou fazer alguns passos aprendidos durante a aula. Logo, a moça disse: “Moço, ah, não sei dançar direito!”. O rapaz insiste: "Vamos tentar, não é dificil".

Em seguida, ela responde: "Ah, preciso beber mais um pouco. Aí, sim conseguirei desenvolver melhor os passos! Vou tomar um drink e depois você me convida novamente, ok?"

A festa continuou. Casais dançavam e as "Taxi-dancers" - estavam estrategicamente espalhadas pelo salão para dançar com o público ainda tímido em pé, nas laterais do espaço.

O grupo Compay Tumbao apresentava o excelente repertório de composições cubanas para embalar a festa que rolaria madrugada afora.

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