
Lá ele descreve um pouco da sua infância musical quando ouvia musicas do cancioneiro religioso, Gospel e depois conta um pouco da sua entrada no universo "secular", especialmente no jazz e um pouco mais adiante confessa ter "medo" do novo e cita suas referências músicais como Arismar do Espírito Santo e Michel Leme, dois excelentes músicos.
Logo a sua história musical me fez lembrar um pouco a minha. Eu incentivo você, caro leitor, a ler e acessar o blog do Thiago. Confesso que tenho uma trajetória um pouco parecida com a do contrabaixista, mas tenho um histórico de rupturas dentro do meu "universo musical".
Minha mãe é totalmente música gospel, aquelas canções como " Sombras, Deus está nas sombras", lindo, divinal e real. Sim, o Todo Poderoso está nos lugares mais inóspitos da alma. Porém, as canções não são só religiosas, a música não tem religião ou como diz o violonista e compositor João Alexandre: "não existe o Dó Sacro ou o Dó Profano".
Meu pai é uma mescla de Bossa Nova, Sambas , canções de protesto e música clássica. Logo, o patriarca é um sujeito muito instável e isso me provocava um certo repulso e distância de algumas coisas e sempre fiquei em cima do muro, fora as "asneiras" proferidas por alguns religiosos miseráveis na época.
Fui para a escola de música. Uma tentativa frustrante em aprender um instrumento de sopro e comprado de forma errada. Meu pai comprou uma clarinete em Dó maior, quando descobri, através de um professor, o meu sentimento de frustração aumentou tanto e procurei consolo no violão.
Mergulhei de cabeça no violão. Durante as férias escolares passava 5 ou 6 horas estudando e tirando todas as músicas do programa e chegava a comprar algumas partituras, mas não tinha músicos a altura para tocar comigo, uma bosta!
Enfim, a solução dos meus problemas músicais era a mudança de igreja. Mudei, frequentei um templo no ABC, onde tinha um pastor super gente boa, curtia as boas músicas da MPB e alguns clássicos do Rock. Lá conheci algumas figuras como Jorge Camargo, Arlindo Lima, João Alexandre, Gerson Borges e arranjadores, onde detectam sons de zumbidos de insetos como Elly Aguiar e Rogério Miguel.
Como em tudo na nossa vida há um prazo de validade, houve uma super mudança em 2003 e os animos cairam por terra. Mas a minha inquietação e a busca do novo gritou em meu ser e fui frequentar uma igreja em São Paulo e lá conheci outros bons músicos e ensaiei algumas apresentações em bares.Logo, o meu lado jornalista falou mais alto e ingressei na faculdade. Tive que "encerrar "a minha carreira musical em 2006.
Volta
Este ano foi interessante. Tive aulas na faculdade com Mauricio Stycer, repórter especial do IG, escritor, e blogueiro e o blog era a avaliação do curso.Eu e mais 3 colegas entraram nessa história, mas depois do termino da matéria segui sozinho com o espaço virtual onde hoje atinge a casa dos 1000 acessos por mês.
Uma volta ao universo musical, como crítico e jornalista de música. Conheci muita gente e perdi as contas de quantos músicos eu conheço. Enfim, continuo na música.
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