Vou tentar iniciar uma série de textos sobre algumas "loucuras em nome de Deus". Coisas que hoje não recomendo, pois o caminho final é deixar psicólogos milionários e tomar muitos remédios! Se estás nesse caminho, pare e leia.
Minha relação com a religião é bastante interessante. Eu não nasci Cristão, mas a minha conversão, aos modos crentolândianos, foi aos 6 anos e 1/2 de idade. Lembro que uma moça gorda preencheu minha "ficha" de convertido, ficamos conversando, perguntou tudo - cor do cabelo, por que fui para igreja, do cachorro, do gato - e depois saí.
Aos 9 fui para as "àguas batismais", meio poético, mas, trocando em miúdos, é um mergulho com uma ajudinha do pastor. Tem base bíblica, João Batista, o batizador, foi quem batizou Jesus. Então, pela visão Cristã e minha decisão e crença, fui batizado.
Enfim, a minha natureza curiosa é um grave problema! A vontade de entender algumas "paranóias" igrejeiras mexia muito comigo. Tentei, frustradamente, me tornar um pentecostal, mas não consegui. Alguns neo-pentecostais lavaram a minha cabeça com óleo e tentaram me "ensinar" a falar linguas. Disse não!
Mas lembrei de um fato hilário desses indivíduos que usam uma igreja para pregar a lei de gerson evangélica.Durante as minhas tentativas frustradas, frequentei uma célula. Lá havia um lider que se achava o "assessor de Deus" para assuntos espirítuais e estratégicos. Receita: "Para ler a bibilia em 1 ano, siga o mapa" . Ótimo!
Todos os dias era preciso ler as tres cartas de João diariamente, segundo o "mapa", e mais quatro capítulos das sagradas escrituras. Uma "overdose" biblica! Tentei fazer isso e confesso que larguei no meio do caminho.
Hoje lembro dessas coisas e vejo o quanto idiota fui! Pude entender a minha esquisitice após a leitura de "Perguntaram-me se acredito em Deus", de Rubem Alves. Não deixo de ler a minha biblia, mas esse é um livro para ser degustado, ler devagar, de preferência com um um fundo musical maravilhoso de Jonh Coltrane ou Chet Baker.
Nenhum comentário:
Postar um comentário