I - preparativos
Sábado, meio-dia. Em meio ao agito e a arrumação das roupas, malas, pertences do cachorro e alguns alimentos para um day-camp com a familia,um verona azul para em frente a gargem de casa e o homem, todo espertinho, faceiro, toma a iniciativa e começa a dar intermináveis beijos na boca da garota que estava ao lado no banco do carona.
Um pouco mais a frente, no 274 da Ursa Menor, vários fiscais da subprefeitura de São Mateus, atuando um morador que deixou entulho na calçada e invadia quase metade da via.
A medida que a Arrumava as coisas no meu carro, os beijos e os abraços calorosos se intensificavam em meio a movimentação e a vontade de sair da garagem e pegar a estrada.
Logo aos 45 minutos depois do "rala e rola" saio com o meu carro e o casal continua nos agarras-agarras dentro de seu veículo da cor do céu.Já, os fiscais municipais sairam e a correria era para limpar a calçada e parte da rua.
II - saída
Uma passadinha no posto de gasolina. Abastecer o tanque do veículo e uma calibradinha nos quatro pneus. Enfim, sigo até a casa da minha irmã na Cidade Lider , região de Artur Alvim, para buscar a minha sobrinha.
Durante o trajeto encontro motoristas desastrados, gente que mal sabe o que é uma placa de sinalização, não respeita o que é preferencial e não sabe ser gentil com os outros que trafegam pela via. É a lei do mais forte.
Ao chegar na casa da minha irmã, fico espantado com a quantidade de crianças no meio da rua. E ao chegar na casa, uma mulata que escutava um "pagodão" no ultimo volume estava tão desnorteada que nem viu quem estava embaixo batendo palma.
Quando fui atendido, muitas crianças estavam correndo. Durante a conversa, minha irmã mais nova disse que uma garota, que estava no meio daqueles meninos brincando no quintal, é neta de uma moça de 40 anos de idade.
Pasmos com a noticia, seguimos para Guararema em direção a chácara da minha irmã mais velha...
III - chegada
Ao abrir o portão, os cachorros vem me recepcionar. Pitty, uma cadelinha preta SRD (sem raça definida), super amorosa, dengosa e cheia de graça, veio em minha direção para me cumprimentar. Segui com o meu carro até a porta da casa.
Ao descer, encontrei a minha irmã e meu pai sentados na mesa, tomando um chope e ouvindo algumas músicas do Chico Buarque que tocava num toca discos.
O almoço é servido. Durante o almoço ela põe um disco do Milton Nascimento e a primeira música é Coração de Estudante, gravada em 1983 e com um belo acompanhamento de piano de Wagner Tiso, um dos melhores maestros deste país que um dia gostaria muito de entrevistá-lo para o blog que é um projeto de web jornalismo da faculdade.
Viro o outro lado do disco. Ao avançar as faixas e quando começa a tocar a belissima Canção do Novo Mundo, composta por Milton e Beto Guedes, os meus olhos começou a se encher de lágrimas. Por mais que tentava me conter, a letra rasgava o meu ser e só conseguia amenizar a minha emoção cantarolando bem baixinho a melodia.
IV - Conclusão
Não consigo escrever mais. Alguns acham que sou muito sensível, já teve algumas garotas que colocaram em xeque a minha masculinidade devido ao meu sentimentalismo, especialmente as da crentolândia.
Sonhei um sonho estranho que foi interrompido, por uma voz esquisita, que pedia para que eu voltasse e pagasse uma dívida. A voz do além que não faço a mínima ideia de onde ela vem, durante a madrugada, dizia que por mais que eu pagasse as minhas contas, havia um débito com uma mulher, com um ser que simplesmente optou em gostar de um garoto mais novo e totalmente nerd sustentado pelos pais.
Não quero perder o trêm da história! Desejo seguir!Pois tem gente muito interessante e não posso ser mais um covarde a se esconder diante de um novo mundo. As canções vão ficar em minha memória, mas a força bruta jamais apagará os meus sonhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário