Chuva intensa, pista molhada e transito confuso. Motoristas desastrados. Alguns pensam que são pilotos de rali, outros usam o carro para se proteger das gotas e a barbeiragem era geral pelas ruas paulistanas.
As gotas eram tão fortes que o limpador de para brisa não vencia. As avenidas Aricanduva e Radial Leste, principais ligações dos bairros para o centro da cidade, estavam completamente tomada pelos carros. Buracos e poças d’água eram constantes nessas vias. A educação dos condutores paulistanos era de ótima qualidade. Enquanto conduzia o meu carro a 50km/h, outros andavam a 80 e a 120km/h. Enfim, cheguei na Igreja Batista de Água Branca.
O terreno onde está a igreja é grande. Cabem muitos carros, muita gente de vários lugares da Capital e Grande São Paulo.Todos os domingos, 2.000 pessoas em média freqüentam a tenda. Ao chegar eu vi o estacionamento lotado. Era impossível contar o numero de carros estacionados no local. Quando entrei, a chuva começa a cair. A fúria das águas era muito intensa que no decorrer da ministração da mensagem do Ed René, líder sênior da igreja, começa a gotejar dentro da tenda. Os indivíduos que estavam sentados ali se levantaram desesperados e alguns foram embora; outros ficaram em pé nas laterais e na minha frente havia duas garotas: uma loira e uma morena. A todo instante elas olhavam atônitas para a movimentação e para os dois funcionários da equipe de manutenção puxando a água que vinha de uma das saídas da tenda.
Quinze minutos depois, o ministrante encerra a mensagem. A cara de preocupação de alguns idosos era visível, outros aproveitaram para cantar e conversar. Mais de 2.000 pessoas, dentro de uma tenda circense, ilhadas e esperando os avisos de um dos lideres da comunidade que estava mantendo contatos com a CET (Companhia de Engenharia de Trafego).
Depois de uma hora, eu saí. Quando seguia em direção a Praça Giacomo Zanella, que é cortada pela Avenida Marquês de São Vicente, vejo muitos automóveis parados. Ao chegar um pouco mais à frente, a praça estava totalmente intransitável e alagada. Retornei, dei mais uma volta pelo estacionamento e fui pela alameda que sai na Avenida Nicholas Bôer. Encontrei mais pessoas preocupadas e temerosas quanto a avenida que iriam passar. Pois o local é ermo, escuro e bastante perigoso. Mas insisti, segui os outros carros e fui em direção a avenida.
O transito estava mais tranqüilo e consegui retornar e voltar pelo viaduto Pompéia. No momento que passei a avenida não estava alagada e consegui voltar para a Zona Leste.
Um domingo diferente, onde o calor intenso das manhãs aquece as nuvens e elas respondem com a chuva. Água, que cai dos céus, molham a terra; inundam avenidas, ajuntam pessoas dentro de uma tenda e promove encontros.
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