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18 setembro 2009

Feira livre: cores, beleza, sujeira e miséria

Todas as sextas-feiras, a partir das 04h30 da manhã, homens e mulheres com seus caminhões, peruas e automóveis estacionam nas ruas tranversais a Ursa Menor, na região de São Mateus, para retirarem seus apetrechos - tábuas, cavaletes, lonas e estacas para armarem as barracas em toda a extensão da via.


Após a finalização da montagem da estrutura, os trabalhadores começam a estocar as frutas, folhas, legumes. Alguns decoram as laterais das tabuas com folhas de alface, outros procuram separar os produtos nas bacias para facilitar o manuseio do cliente.


Por volta das 08h00 da manhã, os primeiros clientes aparecem e, consequentemente, as primeiras vendas. Duas horas depois, a procura por frutas, legumes, verduras, aumentam e ao meio-dia é o horário de congestionamento nos longos corredores. As 14h00 inicia-se o desmanche dos pontos de venda, a imensa movimentação de carentes, catadores de papelão e os garis para fazer a limpeza da rua.


A feira não é apenas a chegada, instalação das barracas, venda e arrumar os pertences e ir embora! É a dificuldade , alimentos estragados, a difusão da pobreza, o lucro baixo - onde o empreendedor mal consegue dinheiro para fazer a manutenção de seu meio de transporte, a falta de infraestrutura - banheiros químicos, policiamento -e o desinteresse pelo poder público em cuidar de um importante local de compras e turismo da cidade.

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