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09 agosto 2009

Coisas difíceis

Dia dos pais. Um dia que todos os carros congestionam as ruas, ônibus lotados com letreiros digitais escritos: "parabéns papai", almoço, presentes, coisas inventadas pelo comércio! Mas como é essa história de dia dos pais?

Pai é presente todo o dia, diário. É uma relação continua, contato, conversa. Há filhos com relações ruins com os pais, especialmente com o patriarca, a ausência, a distância. Alguns só conheceram o pai aos 14 anos, tiveram um contato conflituoso, distante. Para o progenitor, alguns filhos fizeram escolhas rebeldes, erradas, devem padecer e negaram a ajuda.


Logo, alguns filhos lutaram, foram em busca de seus desejos. Outros, foram acometidos de enfermidades gravíssimas. Mas enfim, é um grupo com dificuldade para assimilar o dia dos pais como a mídia e a publicidade definiu.


Chorar resolve para esses indivíduos com pai vivo e ausente? Não há respostas!A vida é breve, sim. Tempus fugit, o tempo vai, a vida é breve "não para, não para" como o scratch da rádio Jovem Pan, mas é algo que nem a consulta terapeutica resolverá!


Deus, por intermédio do santo espírito que co-habita em todos nós. Sim, co-habita. Acredito, ele não se manifestou, mas ele se manifestará de alguma forma.


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"Para dizer eu te amo é preciso comer um prato de sal junto.", disse Bruno de Assis, um amigo, dramaturgo, graduando em filosofia e descobriu o "tesão" pelas letras.Isso mesmo, crentaiada! "tesão". Falta prazer nas pessoas! Aliás é algo inexistente nessas paróquias protestantes e católicas.


É possível amar alguém on line? Amar alguém por fotos? Difícil? Mas tem gente assim! Existe. Logo, enfim, são "candidatos" ou "candidatas".O amor só será descoberto presencialemente, com contato, relação tete-a-tete.


Mudanças, novas óticas de relação? Quem sabe, talvez Charles Pierce, Ziggmund Baumman e outros "papas" da sociologia e da semiótica expliquem essas "coisas do mundo moderno".


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"Minha alma é um bolso onde guardo memórias vivas. Memórias vivas são aquelas que continuam presentes no corpo", disse Rubem Alves. Recordar, não viver de passado, mas quem tem história lembra das coisas boas.


Algumas criaturas infelizes, totalmente institucionalizadas, "faz tudo" de igreja: toca, canta, pinta, engraxa sapato de pastor e outras coisas durante o domingo, de segunda à sábado está na solidão do seu quarto trancada a sete chaves e na sua auto justificação de si mesma com o seu belo corpo na sede por uma companhia masculina, diz assim: "quem vive de passado é museu".


E se a lembrança do passado é um processo de catarse? Cura interior, como os neo-pentecostais, essa gente do fogo e das comissões de frente junto ao ministério das comuincações, gostam de falar?Dificil!!!


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