Tarde nublada. O céu encoberto traz questões, incertezas. O olhar não fica claro, as cores perdem vida e os passos tornam-se ansiosos.
Ao entrar no ônibus inicia a chuva. Águas que correm sobre o asfalto, nos canais onde jorram e varrem toda a sujeira acumulada ao chão.
Um coxilo, o celular toca. Um amigo de muito tempo liga e inicia uma boa conversa. Depois o personagem segue seu trajeto até o centro paulistano.
A ansiedade de entregar um prospecto de seu trabalho a um possível cliente. Depois, segue para a faculdade.
Fica irritado com os resultados de seu telejornal, faz a prova, ajuda a sua amiga no momento do apuro e a acompanha até a estação de metrô mais próxima.
A dúvida é: o que se passa naquele olhar? Ela não pode ver o bom rapaz xavecar outra garota, pois ela vai que nem um trator amassando a massa asfaltica de uma rua para se aproximar do jovem estudante.
O que se passa? Diz ela que está com um "namoradinho".Um nerdizinho, bobão, filho de papai, tem um apê no condomínio mais cobiçado do Paraíso. Logo, um babaquinha! O generoso rapaz brigou com a sua amiga na frente do namorado e ele nada fez. Um idiota!
Não há mais toques .Sem bejinhos no rosto, sem abraço, sem toques. Apenas conversas na faculdade, telefone e MSN.Esquisito? O jovem pediu um tempo, é ótimo, mas parece que há um incoformismo dela em vê-lo conversar com outras mulheres.Estranho? Muito estranho?Sem respotas!
Maria Bethânia
Há uma semana
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