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06 setembro 2008

Embassada desconstrução


Não vejo nada, estou em uma estrada escura, deserta, sem iluminação. Por mais que busque alternativas, meios, caimnhos, use lanternas, luminárias, mas não enxergo e o que só vejo é escuridão e visões.

Estava tão feliz, com muita vontade de ver uma pessoa que veio para cá, para a minha querida paulicéia - que tem o misto de bela e desvairada. Nos encontramos, conversamos, saboreamos um jantar delicioso na Palma de ouro. Assistimos ao espetáculo que não nos convenceu e que sempre os habilidosos artistas caiam no lugar-comum.

Declaro que fiquei paralisado, em choque ao ver a garota do interior. Quando ela me abraçou, lembrei de pessoas que mexeram comigo num passado não tão recente, que me tocaram profundamente e que me levaram a profundas crises existênciais.

Fiquei sem reação. Por mais que tentasse e começasse a esboçar algo, não conseguia e algo me bloqueava. Ao entrar no teatro e ver um monte de celebridades, não consegui nem encostar, tocá-la, sentir um pouco mais, ter um contato. Confesso, estava com medo.

As minhas inseguranças voltaram. Parecia que estava definindo o meu caminho, mas estou numa rua escura, sem destino e sem final. Ultimamente esqueço os caminhos que faço em Sampa, erro os intinerários e estico os meus trajetos.

Ontem estava com amigos em uma padaria nos jardins.Conversamos, rimos, divertimos bastante. Depois, eu os deixei em casa. E ao conversar com a minha amiga-irmã, ela me fez pensar em muitas coisas, muitas e confesso que estou confuso e está dificil para tomar um caminho. Será que é o momento de desconstruir?

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